Evento – 18 de maio
Durante esta semana, realizamos um evento alusivo ao 18 de maio, onde discutimos, conversamos e compartilhamos os aspectos que implicam a todos e todas diante das situações de violência sexual e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Tivemos mais de 120 inscritos/as, com uma participação média de 60 pessoas em cada dia do evento. Com a presença de estudantes e profissionais de diversas áreas – psicologia, direito, assistência social, turismo, enfermagem – conversamos sobre as múltiplas dimensões que envolvem a prevenção e o enfrentamento desta forma de violência.
Segundo o “Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes do Brasil” (Waiselfisz, 2012), elaborado com as informações disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos dados de atendimentos de crianças e adolescentes vítimas de violência, em nível nacional, entre as formas preponderantes está a violência física e a violência sexual, sendo que a população do sexo feminino é a que mais sofre com estas formas de violência (Waiselfisz, 2012).
Em Santa Catarina, no ano de 2014, foram registrados mais de 1.600 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. No entanto, como destacou o Juiz Corregedor da Vara da Infância e Juventude do estado, o senhor Alexandre Karazawa Takaschima, este número não reflete a realidade, pois muitos outros casos se quer chegam a ser denunciados, ou ainda, há aqueles que não seguem o processo por diversas questões.
Cabe destacar também que o principal local onde ocorrem as situações de violência contra crianças e adolescentes é o contexto doméstico. Neste sentido, cabe a cada um de nós a responsabilidade ética com a vida de crianças e adolescentes, com um especial olhar para as meninas e mulheres.
É preciso, no entanto, olharmos para nós mesmos, para os modos de relação que construímos. Olhar para como olhamos o outro, para os nossos preconceitos, para os estigmas que produzimos em relação, para as práticas machistas com as quais compactuamos, para a adultização da infância e de seus corpos…olhar e se perguntar sempre pelo o que temos a ver com tudo isso e que tipo de vida queremos viabilizar às crianças e aos adolescentes!
Agradecemos imensamente a participação de todos e todas!!
Veja também a reportagem de Débora Nazário, Estagiária de Jornalismo Agecom/DGC/UFSC, sobre o evento em:
Abaixo algumas imagens do evento: